“PARA ALGUÉM GANHAR, ALGUÉM TEM QUE PERDER.”A VIDA É ASSIM

Perdi a conta das vezes que ouvi este “conceito”.

Ele não é explícito, não é algo ensinado diretamente. É muito mais contundente, porque geralmente vem com aquela cara de “não adianta…”, aquela expressão de coitadinho(a) que, por mais que não queira, precisa engolir a “realidade” da luta pela vitória e do esforço para vencer sabe-se lá o quê! 

Desde a infância, em algum momento, vimos, ouvimos ou vivenciamos esse tipo de crença sobre a vida, porque isso é considerado normal.

É normal sermos competitivos, é normal lutarmos por nossos ideais (nossos?), é normal querermos vencer. Então, dizemos que isso faz parte da vida; mais do que isso, achamos que isso faz parte da nossa felicidade, porque em algum momento, algo, alguém ou alguma situação nos fez acreditar ou nos ensinou que “vencendo”, seremos felizes.

E é aí que a porca torce o rabo (nada contra a porquinha), porque mesmo ganhando o jogo, o prêmio, a corrida, a melhor classificação e tantas outras “vitórias”, ainda assim, nem sempre nos sentimos realizados. Não estou falando dos gritos de comemoração, da cerveja com os amigos ou da festa, porque essa euforia acaba; é ocitocina e dopamina, que maravilha! Merecemos isso também.

Lembro de mim jogando tênis e dizendo palavrão quando perdia uma bola, ou na praia jogando frescobol, alucinada para marcar um ponto… Isso é outra coisa! Por quê? Porque sempre acaba em gargalhadas, é a tal competição saudável, onde só existe prazer na situação.

É sobre algo mais abrangente, tipo satisfação por inteiro, quando a gente chega em casa depois de tudo e sente paz, quando a gente olha para o lado e TODOS saíram ganhando. Já sei, alguém vai dizer que isso não é possível e que é utopia na “vida real”, não é mesmo?

Que seja então, mas é nisso que eu mais acredito na vida, é o que eu mais desejo que aconteça no mundo, desde sempre. E não sou a única.

Eu entendo que a vida tem sido assim há séculos, mas esse jeito de ser não ressoa; em mim, causa um mal estar misturado com indignação, porque nunca é uma alegria completa: alguém ganha, alguém perde… Aquela escassez de achar que não há lugar para todos no mundo… E não existe isso! A única limitação que existe é a velha ideia do medo.

 Não estou fazendo apologia ao “como é bom perder”, porque o ponto é: não existe o “perder”. Na verdade, já nascemos vencedores.

Sabe quando nos sentimos perdedores? Quando não percebemos que estamos aprendendo, quando não entendemos o “sentido da coisa”, o porquê da situação e que tudo passa (menos o que foi aprendido), o tanto que nós crescemos e nos transformamos com a experiência.

No que eu acredito, então? Acredito no “vencer ou vencer”, acredito na alegria total, acredito na vitória da batalha íntima, na ressignificação de tudo; acredito no espírito ilimitado e livre para ser o que se é, acredito que cada um de nós está cumprindo seu propósito e que, caso ainda não esteja, a hora é sempre Agora.

E percebo, finalmente, que não estou mais tão só nessa ideia “utópica”. Percebo cada vez mais gente no “vencer ou vencer” e sinto, muito forte, a Nova Era chegando com tudo para lançar Luz na escuridão de vencedores de mentira, rasgando o véu de um sonho vitorioso e abrindo o portal do verdadeiro triunfo: o Amor que expande o olhar de quem vê além do corpo, além das coisas que criamos e das lutas que inventamos e que tanto atrasam o nosso despertar de consciência.

Um dia, essa história de “vencer ou perder” será contada pelas próximas gerações como hoje contamos para nossas crianças: “Você sabia que na Idade Média os casamentos eram arranjados pelas famílias, sem importar a vontade dos noivos?” Que absurdo, não é mesmo? Durante muito tempo esse costume foi considerado a coisa mais natural do mundo… E esse tempo acabou.

Acredito que um novo tempo está chegando e está cada vez mais perto. Um tempo revolucionário em todas as áreas do nosso mundo; um tempo de reconexão com o “vencer ou vencer” e de libertação total para sermos o que sempre fomos e somos genuinamente: Deus em ação.

Você duvida? Então, coloque-se à prova e tire suas próprias conclusões.

@lucianacazaubon

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